A Sacralidade da Respiração ...
Suster a respiração conscientemente durante as práticas de ioga ou de meditação nutre o corpo e o sistema nervoso com o oxigénio e ajuda-nos a obter controlo sobre algumas das funções do sistema autónomo.
Na respiração normal ou em exercícios especiais de respiração, a inspiração está mais ligada à tensão, preparação e aceleração; a expiração está conectada à relaxação, calma e abrandamento. De uma maneira
geral, os nossos hábitos de respiração afetam e refletem o equilíbrio e função do sistema autónomo e os seus relacionados sentidos.
Uma respiração regular, acompanhada de suave inalação de oxigénio e descarga completa de dióxido de carbono, influencia o grau de equilíbrio entre os dois ramos. Uma respiração irregular e superficial provoca acumulação de dióxido de carbono no corpo contribuindo para uma condição sanguínea ácida a qual cria um estado de tensão elevada. Estes fatores combinados desencadeiam uma super atividade no simpático.
A maioria da humanidade não respira corretamente, usa apenas uma narina para respirar.
A maioria das antigas artes marciais é baseada na respiração correta A respiração adequada capacita atrair o Prana do Universo. O Prana é todo alimento deste Universo[1]. Na maioria das antigas tradições, quando um estudante entra em prática espiritual, a primeira coisa que lhe é ensinada é como respirar corretamente. Mesmo na vida quotidiana, quando tomamos uma respiração profunda, sentimo-nos relaxados.
Um dos tipos mais simples e mais profundos de respiração é observar a própria respiração. Quinze minutos por dia é o suficiente.
Uma das chaves para o tesouro da alma é a respiração.
"Se puderes mudar a respiração poderás mudar o estado da mente. Ou, se mudares a mente, a respiração também mudará."
[1]
O Prana ou Qi ou Espírito ou Energia Vital (todos sinónimos) encontra-se nas partículas mais minúsculas que dão forma e substância ao Universo que habitamos. Tudo não passa de Qi em vibração. Tudo é Qi e Qi é tudo. A física quântica já o provou.
O Qi do Universo, no início dos tempos, diferenciou-se em duas forças, Yin e Yang. Estas forças complementam-se e transformam-se uma na outra. Tudo é uma combinação harmoniosa de Yin e Yang. No sistema autónomo, o simpático é Yang, enquanto o parassimpático é Yin.