Para decifrar o enigma da Grande Pirâmide temos que dispor da chave, que é simplesmente a medida utilizada.
Para os piramidólogos, a "braça sagrada" foi a unidade que presidiu a construção, e consideram que é equivalente à décima milionésima parte do raio polar da terra.
Expresso em metros, a "braça sagrada" teria um comprimento de 0,635660, sensivelmente maior que a braça convencional, e por sua vez se dividia em 25 "polegadas piramidais".
Temos de ter bem -presente que nada teria sentido se não nos servissemos destas magnitudes.
4.000 antes de Cristo, o ano zero da pirâmide.
A partir daqui, polegada a polegada, estão refletidas zelosamente as datas destacáveis do caminho da humanidade.
Também a direção e dimensões dos corredores têm sua simbologia; assim, o primeiro tramo descendente está expressando a descida do homem, sua degradação, que encontra seu caminho de elevação no corredor ascendente.
E precisamente na intersecção de corredores descendente e ascendente onde está assinalada a primeira data importante, o ano 2.513,555469 da pirâmide, que corresponde com o 4 de abril de 1486 antes de Cristo, data do êxodo de Israel.
A primeira guerra mundial
A entrada do primeiro corredor baixo corresponde ao 4-5 de agosto de 1914, princípio das tribulações da época trágica da humanidade; o final do corredor assinala o 10-11 de novembro de 1918.
Em continuação a essa data se abre a antecâmara, chamada também "A trégua do caos", simbolismo claro da relativa tranqüilidade que viveu o mundo após a primeira guerra mundial, uma trégua que dura o mesmo que o comprimento da antecâmara, até 1928, data que coincide com o princípio do segundo corredor baixo.
Somente oito anos da história estão registrados neste corredor; os
compreendidos entre 1928 e 1936, já que, coincidindo com este último ano
terminam os corredores e se chega à câmara do rei, espaçosa e atormentada, cenário dos últimos acontecimentos da humanidade prévios ao
final.
Antes de penetrar nela convém assinalar a importância do ano 1936, data dramática para os espanhóis, que muitos avaliam como início efetivo da segunda guerra mundial, e que em qualquer caso é o início do fim.
Vivemos momentos de transição
Não em vão, a câmara real, a qual se tem acesso depois desse 1936, recebe também o nome de "Retorno à verdadeira luz que vem do Oeste", ou o igualmente sugestivo "Sala de Juízo e da purificação das nações".
E uma etapa estranha, inquietante, castigada de acontecimentos confusos. Nela, o homem parece despertar de um longo sono, mas com a angústia de ignorar onde abrirá os olhos e se o longo dia que começa será bom ou difícil.
Se trata da convulsão ancestral que traz a mudança de era, neste caso a passagem de Peixes a Aquário.
Tudo isto é certo, ou presumivelmente certo, mas não justifica a cronologia da Grande Pirâmide, já que, segundo o interpretaram os piramidólogos, essa época de mudança, de transição traumática, deveria ter concluído em 1962.
Neste ano, sempre segundo os piramidólogos, deveria ter sido iniciada a
reconstrução espiritual da humanidade, reconstrução que culminará no ano
2001.
Ainda que dentro das interpretações piramidológicas exista desacordos. Não em vão a interpretação da lingua em em pedra é difícil, para não dizer francamente subjetiva.
Assim Davidson avalia em forma diferente as medidas da câmara real e atribui à época da desordem e desorientação uma duração desde 1936 a 2030, data na qual termina a mensagem da pedra.
2010-2030. O fim
De certo, a mensagem da Grande Pirâmide se traduz em um fim do mundo situado entre os anos 2001 e 2030, bem entendido que esse fim não é total.
Provavelmete, o término de uma etapa signifique a luta de duas ideologias, algo que já está acontecendo: o defrontamento entre os que se identificam com o passado e os que situam sua meta no imediato futuro, um enfrentamento sangrento, possivelmente catastrófico, mas não definitivo.
Segundo a Grande Pirâmide, após a tempestade virá a calma, a ordem, o que é o mesmo, o nascimento de um homem novo, de uma espiritualidade nova. Assim, seja.
E uma profecia muito completa; mas existem outras.
Vejamos.
É, pois, uma Profecia?
Por outro lado, o tempo e o espaço encontram-se tão intimamente unidos que é inconcebível que um possa existir sem o outro.
O desaparecimento do tempo, se pudesse ocorrer, constituiria o imediato desaparecimento de tudo que ocupa o espaço e, portanto, o próprio espaço, já que toda a matéria, coisa demonstrada, que também era conhecida pelos sábios da antiguidade, não é mais que o movimento da energia.
Com a parada do tempo, cessaria o movimento, e também toda a matéria e, sem dúvida, inclusive a própria energia. Daí deduzimos que o tempo deve ser
considerado como uma qualidade do espaço, uma espécie de dimensão.
Disso se entende que toda delimitação do espaço, toda construção no espaço comporta uma inclusão do tempo. Imaginemos, então, que um Iniciado
fosse capaz de delimitar no espaço uma figura simbólica, mas real, do
espaço ou do cosmos: obrigatoriamente ficaria inscrito nesse espaço o
tempo desse espaço.
Em consequencia, todo acontecimento temporal que se situasse nesse espaço ficaria obrigatoriamente inscrito dentro dele mesmo.
Em seu lugar espacial.
Se um homem, capaz de resolver esse espaço, o resolvesse, disso seguiria uma resolução do tempo.
Portanto, não é absurdo afirmar, a priori, que o passado, o presente e o futuro podem estar inscritos em um monumento.
Mas a interpretação só é possível com a condição de que o interprete de tais inscrições seja tão sábio quanto aquele que sugeriu o problema, o que não ocorreu até hoje... ao menos pelo que se sabe oficialmente.
(extraído do livro: Profecias e Profetas - Hans Krofer)