ESTAR EM CASA - Mensagem de Yasmin ...
estacionar logo no núcleo central de Casa do Cristo. Podes estar no seu vestíbulo ou na periferia, mas tens de estar dentro do seu raio de acção. Era essa energia, nem que fosse do vestíbulo da Casa, que eu gostaria que sentisses neste momento. É uma paz tão profunda que até poderá parecer-te que não se passa nada. Mas Eu digo-te que é a paz onde se passa tudo. É nessa paz que podes expandir a tua consciência até esferas inimagináveis.
Hoje não estamos na sala de aula teórica; Yasmin, hoje, leva-vos ao laboratório. E cada vez mais serão mobilizados para visitar o laboratório, porque, em termos de aulas teóricas, já ouviram o suficiente, quer hoje aqui, quer noutras circunstâncias, de viva voz ou através de livros. Eu sei que poderá ser um desapontamento para quem aguarda ler mais uma canalização de Yasmin. Mas o trabalho está a ser feito aqui, directamente com vocês. E só por artifícios técnicos e de dedicação, as palavras desta experiência chegarão a quem não está nesta sala. Mas a Casa só poderá ser sentida em toda a sua potência vivendo a experiência quando ela ocorre. Hoje é aqui; amanhã será noutro lugar. Uma descrição do que se passou, não tem obviamente o mesmo impacto. Por isso, na vossa Viagem para Casa, não têm de fazer absolutamente mais nada senão ficarem quietos e em sossego, com a determinação, a certeza e a convicção de que as coisas têm de começar a passar-se de forma diferente na vossa vida e, portanto, na vida de quem contacta convosco. É um ganho de certeza que tem de ser adquirido. Instrutores a dizer coisas - as suas coisas -, é o que não falta. E ainda bem. Mas, como compreenderão e decerto reconhecerão, não são muitos os instrutores que vestem a bata e entram no laboratório para proporcionarem a outros a experiência viva da teoria. Falam e explicam, inventam comparações e analogias, dizem imensas vezes, «É como se.», «Imagina que.», «Admite que...», mas é como contar um filme sem ter ido ao cinema! Então, quem veio em busca de instrução, talvez se sinta um pouco desapontado. Compreende-se que venham em busca de instrução para ajudar a resolver problemas e desafios. A questão, porém, não é como resolvem os problemas; a questão é o estado vibracional em que tomam as decisões acerca de como pretendem resolver os problemas! A técnica X ou a estratégia Y são secundárias porque foram escolhidas em função do grau de desequilíbrio vigente no momento da escolha! Se estivessem mais equilibrados quando escolheram determinada técnica ou estratégia, a escolha teria sido outra. Por isso, é preferível proporcionar-vos a experiência de um estado de espírito que vos leve a escolher a estratégia ou a técnica que, de facto, corresponda à situação a ser resolvida. Não é algo que funcione por aproximação.
Pela parte que me toca, não me canso de insistir: o mais importante é o estado de equilíbrio em que tomam as decisões. Esse é um ponto-chave neste momento, que se contrapõe ao velho método. E qual é o velho método? É aquele em que, sem introduzirem qualquer melhoria no vosso estado de equilíbrio, se entretinham a pesquisar novas soluções por terem reconhecido que as usadas anteriormente não funcionavam. Então, pensavam que apenas tinham escolhido mal ou falhado o alvo. Não se apercebiam, porém, que a escolha feita correspondia à forma como se sentiam no momento na escolha! Portanto, na nova tentativa, acabavam por escolher outro tom da mesma cor! E assim sucessivamente, sem saírem praticamente do mesmo sítio! É isto o que está na origem da acumulação de experiências frustradas. Se, antes de resolver o problema, tivessem procurado estacionar num patamar energeticamente mais elevado, teriam acedido às técnicas e estratégias que lhe correspondiam, com a consequente melhoria na obtenção de resultados. Foi muito difícil de transmitir esta ideia aos Humanos, durante imenso tempo. Agora, porém, esta mudança fundamental é mais fácil porque a vossa capacidade de recepção e de assimilação aumentou consideravelmente. Então, a percentagem de resultados é, agora, potencialmente muito maior. Finalmente, estão reunidas as condições para entrarmos em entendimento e, portanto, em colaboração; finalmente, as nossas linguagens começam a sincronizar-se; finalmente, os Humanos começam a entender a linguagem do Espírito. Apesar da incomunicação, contudo, os Humanos conseguiram fazer essa aprendizagem e assimilar o novo idioma: tantas vezes ouviram sem compreender, que acabaram por descobrir os códigos. Os seres humanos mostram-se muito inteligentes quando são bem aproveitados!
Este é o ensinamento de hoje. É o ensinamento teórico e a experiência prática. Ultimamente, temos vindo a chamar a atenção para este lado prático que vos proporcionamos. Não quer isto dizer que, antes, não agíssemos sobre vocês. Sempre ocorreram intervenções nos vossos sistemas energéticos, enquanto o ensinamento teórico era passado; apenas não era chamada a vossa atenção para esse facto! Alguns apercebiam-se, outros não. Mas não era mencionado, porque, naquela fase, a informação teórica era mais importante do que o resto. Não é o caso, agora. Enquanto o vosso aparelho mental tenta processar e integrar esta informação, procurem não deixar de lado a experiência do sentir. E não pensem que esta experiência ocorre porque a sala está em silêncio, porque há uma música suave, porque a iluminação está num grau aprazível. Estas condições facilitam. Mas o que estão a sentir neste momento não depende delas; depende de uma condição interior que poderão sentir com qualquer luminosidade ou nível de ruído. Trata-se apenas de se sintonizarem essa “onda”. Para voltar ao tema da Terceira Linguagem, que é do que estamos a falar, foi dito que isso corresponde a uma ligação permanente com o Espírito, sem intermitências. Todavia, como não podem passar as 24 horas do vosso dia com este nível de luz, neste silêncio e a ouvir este tipo de música, este nível vibracional tem de permanecer activo em qualquer circunstância. A “ligação” não pode ser posta em causa pelas ocorrências exteriores. Aliás, quanto mais adversas forem as condições exteriores, maior necessidade terão do contacto! Evitem lembrarem-se de nós apenas quando estão metidos em sarilhos!
Eu sou Yasmin, mas sou apenas um canal de passagem, tal como este humano está a ser neste momento. Na dimensão e no lugar em que estou, por mim só, não seria fácil transmitir-vos o que estão a sentir. Portanto, eu também estou a receber de uma fonte mais alta. Desde o principio que o dei a entender. E, como entidade daquilo a que vocês chamam “género feminino”, claro que a minha sintonia é com a Deusa. Eu sou um canal de Deusa (estou a utilizar a palavra que vocês reconhecem). Eu sou um canal da própria essência do feminino. É por isso que consigo pôr, nos vossos corações, o que lá está neste momento. Tal como este canal humano, eu sou uma estação intermédia. Mas, para o caso, pouco importa. Não interessa o mecanismo ou a estratégia onde assenta a experiência que estão a ter neste momento; interessa que estão a tê-la! Portanto, porque temos que terminar esta experiência, esta visita ao laboratório, o desafio que se coloca é o seguinte: quando saírem daqui, de regresso à vossa vida, procurem manter esta sensação. Se acaso a perderem, espero que sejam capazes de a recuperar. A árvore poderá abanar, mas rapidamente recupera a sua verticalidade. Esse é o desafio. Seja como for, ninguém poderá continuar a dizer que não sabe o que é a paz.
Uma frase desta transmissão que merece comentários
Evitem lembrarem-se de nós apenas quando estão metidos em sarilhos!
Pois. Como diria a Dona Simplícia: “Não te lembres de Santa Bárbara só quando faz trovões”! Simplícia profere esta sentença e quem a ouvir haverá de pensar que ela se lembra de Santa de Bárbara em qualquer circunstância, inclusive quando o céu está limpo. Contudo, teremos de duvidar que assim seja, porque esta senhora é feita da mesmíssima massa de que são feitos os outros Humanos da superfície do planeta. Assim sendo, é natural que faça como todos eles. E como é que ela faz? Quando as coisas correm bem, sente-se tomada pela deleitosa sensação de ser uma excelente condutora da sua vida. Assim, naturalmente, assume-se como a responsável pelo Cinturão de Fotões particular que está atravessando e, sorrindo toda contente, puxa para si os louros promovidos por, digamos assim, os ventos que sopram a seu favor ou, para ser mais preciso, pelos fotões que a envolvem como abelhas à volta do favo. Na presença destas condições, não pede, é claro, ajuda a ninguém. Não tem necessidade disso. Não sente que seja preciso. Para quê? Acaso não é capaz de, sozinha, dar conta do recado? Claro que sim. Se não, vejam-se os resultados. Toda a gente a inveja e se pergunta como é que uma mulher com tão pouca instrução é capaz de levar o seu barco a tão bom porto. Todos os que assim sentem, porém, esquecem-se de que tudo é transitório, que a Roda da Fortuna não pára e, como acontece também com as noras, o alcatruz ora está em cima ora está em baixo. Pelo menos é assim que as coisas se passam na 3D onde Simplícia vive. Como tu, leitor/a, já deves saber, acima dessa dimensão não há Roda da Fortuna nem alcatruzes, nem nada dessas trapalhadas. A coisa deixa de ser uma Roda para passar a ser uma passadeira rolante, o que não impede que, de vez em quando, se tenha de alçar a perna para passar por cima dos obstáculos que vão surgindo. A diferença é que a gente deixa de se assustar com o que vai surgindo.
E o que faz Simplícia quando as coisas correm mal? Bom, nesse caso, logo se apressa a sacudir a água do capote, a pôr-se de fora, a lamentar-se que os outros teimam em ser os causadores dos seus infortúnios, que insistem em lhe trazer contrariedades, que porfiam em lhe causar problemas. São os outros que boicotam os seus esquemas de funcionamento, é o clima que não favorece o empreendimento, é a organização do país que está um caos, é o marido que afinal não a compreende, é os filhos que são uns ingratos, etc. Então, aí temos Simplícia ajoelhada aos pés do altar rogando a Nossa Senhora (cujas parecenças com Yasmin são espantosas!) que a ajude naquele transe dificílimo. Se, por qualquer razão, Simplícia não tem o hábito de ir à Igreja, é capaz de ter o mesmo gesto no altar que montou em cima da cómoda do quarto. E se, por qualquer outra razão, Simplícia está-se borrifando para as coisas da religião católica, é capaz de chatear meio mundo para a livrar dos apertos em que está metida.
Sim, porque, por mais que me esforce, não estou a ver Simplícia a sentar-se muito quietinha, com os olhos fechados, com o telefone desligado, com o incenso a fumegar, com a música de harpa com fundo de baleias a tocar baixinho, a respirar tranquilamente durante alguns minutos, para finalmente abrir a boca e verbalizar, para os seus guias, que quer que a Resposta Dourada desça imediatamente sobre a situação em que está envolvida. Ela desconhece este procedimento, se calhar tal como tu, ó leitor/a, pelo que estou a aproveitar-me descaradamente da presença de Simplícia neste texto para te dizer - a ti - o que deves fazer quando tens o rabo a arder. Sim, porque é pouco provável que alguma Simplícia venha a ler este livro. De forma que tudo isto é para ti, tal como aconteceu com todas as outras personagens com nomes incomuns, que convoquei para abrilhantar estes textos. Se ainda não tinhas percebido, pois fica sabendo que essa foi a forma que eu cá arranjei, ao longo dos dias em que fui preparando este livro, para, brincando, te dizer uma série de coisas que não perdes nada em ficar a saber. Se falasse directamente para ti, como nos livros de auto-ajuda, acredito que a coisa ficaria muito “invasiva” do teu território. Assim, disfarçadamente, lá vais vendo o que temos para te dizer. Tem sido, é claro, gato escondido com o rabo de fora. Porém, dado o descaramento desde o princípio, poder-se-ia dizer tem sido rabo escondido com o gato de fora!
Evitem lembrarem-se de nós apenas quando estão metidos em sarilhos!
Pois. Nesse caso, sabes o que podes fazer… Perdão. Sabes o que Simplícia poderia fazer? Era assim: todos os dias, antes de adormecer, podia agradecer. Para agradecer, Simplícia não precisa de falar em voz alta, não se vá dar o caso de ter ao seu lado, na cama, um marido sócio honorário do Clã dos Trogloditas, que se virará para ela e perguntará: “Olha lá, estás parva ou quê? Então, tu agora falas com os espíritos? Pára mas é com isso, antes que leves no nariz”.
Deu para entender?