Nossos Pequenos Guerreiros ...
Pergunto se algum de vós, pais, já alguma vez observou pormenorizadamente os rostos dos vossos filhos? Acredito que sim, contudo, não creio que o tenham feito em profundidade, lendo-lhes o que vai para lá da expressão angelical que a maioria possui, lendo-lhes os sentimentos. Um dia a directora do colégio que a minha filha frequentou, disse-me: A Mariana perece-me uma criança triste. Na época ouvir isto chocou-me; tanto eu como o meu marido sempre fomos alegres e comunicativos e, mesmo sabendo que a nossa filha não herdara estas mesmas características, nunca a vimos como uma criança triste! Talvez retraída, tímida, insegura, mas triste… nunca!
Mas os anos foram passando e o que antes me pareceu inóspito passou a ser mais tarde bastante evidente. Realmente, a minha filha não só aparentava ser uma menina triste como me dava a estranha sensação de fazer um esforço enorme para sobreviver a tudo o a rodeava no dia-a-dia.
Parece-vos familiar?
É natural. Não é incomum encontrar pais com este mesmo sentimento, e a explicação é simples; desde a década de noventa a dois mil que cerca de oitenta por cento das crianças nascidas na terra são crianças Índigo, daí que nos deparemos com um conjunto de similaridades que, individualmente, muitas vezes nos assustam e até nos levam ao desespero.
Há que ter calma. Desde que o mundo é mundo que grandes mudanças acontecem, tanto nos comportamentos humanos como na geografia da terra, e isto não fez com que tenhamos deixado de existir ou de seguir em frente.
O nosso maior problema é a incapacidade de adaptação instantânea. Regra geral tendemos a contestar as mentalidades mais jovens; o que é um erros, pois são as elas quem nos vão suceder e fazer prevalecer a vontade de mudar, querendo nós ou não. Significa que, quanto mais nos predispusermos a entendê-los, melhor é para as relações e para as adaptações.
E o que há afinal para entender nestas crianças?
Várias coisas: a autenticidade, a humildade, a teimosia com que se afirmam, a forma como lutam pelo que acreditam… Na verdade, elas são aquilo que nós já não somos capazes de ser – honestas. Se existe tristeza no olhar delas, é porque são honestas. Nenhum Índigo ri quando tem vontade de chorar. Nenhum Índigo diz sim quando quer dizer não. Nenhum Índigo é feliz quando o obrigam a ser o que ele não é. É isto que temos de entender para entrarmos em sintonia com eles e pararmos de nos sentir impotentes face a uma mudança que também é nossa.
Se me permitem, deixo-vos um conselho de mãe?
Deixem os vossos filhos ser quem são. Não digo que os deixem fazer tudo o que querem! Não, isso seria um erro completo, mas, aceitem as suas diferenças como um dias os vossos pais aceitaram as vossas. E se tal não aconteceu, então façam o que gostariam que vos tivessem feito. Aceitem-nos. Tenham orgulho de ter um filho genuíno.
Acreditem que num futuro próximo vai valer a pena.
Texto escrito pela nossa Querida Irmã Reikiana Graça Aguiar





































